Quais são as etapas de maior risco na inseminação animal?
Por mais bem difundida e padronizada que a inseminação animal seja, existem etapas extremamente delicadas que exigem máximo cuidado, caso o contrário podem ocorrer perdas capazes de comprometer todo o processo.
Com base na inseminação de suínos, descubra o que torna os protocolos da área tão importantes. E mais: quais são as etapas de maior risco e seus principais cuidados. Assim como os padrões que possuem normas durante esse tipo de atividade! Continue a leitura!
Por que os protocolos e cautelas de inseminação são importantes?
De acordo com o manual Produção de Suínos – Teoria e Prática da ABCS, a inseminação animal já possui todos os seus procedimentos definidos de maneira clara, sendo uma tecnologia de fácil aplicabilidade.
Sendo assim, se todos os padrões seguirem corretamente é possível obter excelentes resultados para as granjas e alta lucratividade aos seus investidores.
A grande vantagem das inseminações em relações às montas naturais é a possibilidade de avaliação dos ejaculados antes de sua inserção no trato reprodutivo das porcas.
Isso permite que a ejaculação de baixa qualidade vão para o descarte e o melhor potencial reprodutivo possível tenha bom resultado.
Na monta natural, um ejaculado sustenta apenas uma cobertura, enquanto na inseminação animal o mesmo ejaculado produz uma média de 20 a 24 doses, caso os procedimentos corretos sejam garantidos.
Em poucas palavras, a inseminação maximiza e otimiza o material genético da melhor qualidade possível, obtendo com mais facilidade e velocidade as características desejadas para o rebanho, aumentando a reprodução e a lucratividade.
Para que isso seja possível, porém, é preciso seguir fielmente as práticas estabelecidas para o sucesso da inseminação animal.
Descubra, no item seguinte, quais são as más práticas mais comuns encontradas nas granjas para saber como evitá-las! Em seguida, entenda qual o manejo ideal para garantir a melhor produtividade na inseminação.
Quais são as etapas de maior risco para a inseminação animal?
Entre as etapas de maior risco na inseminação artificial, estão:
Ambiente de acondicionamento dos animais
O Manual Brasileiro de Boas Práticas Agropecuárias indica que o ambiente em que os suínos estão acondicionados precisa:
- Dispor de ventiladores e nebulizadores no ambiente de maternidade para garantir a temperatura ideal;
- Ter baixa incidência direta de sol sob os animais;
- Contar com instalações limpas e desinfetadas;
- Ter comedouros com alimentação e água à vontade;
- Baias com espaçamento médio de 2,0 a 2,2 m², com 6 a 10 animais para evitar superlotação;
- Para indução da puberdade, os machos não podem ficar fora da baia onde encontram-se os demais.
Coleta do sêmen
Com base em um artigo especial do Portal da Educação sobre a coleta do sêmen suíno:
- Os machos devem passar por uma avaliação do aparelho reprodutor, incluindo palpitação das bolsas escrotais, que avalia a simetria, o tamanho e a consistência dos testículos e epidídimo;
- Os animais devem ser corretamente condicionados para montar no manequim de coleta, que deve ter altura proporcional ao seu porte e ser bem fixo ao chão, para evitar desconfortos ou traumas;
- Antes da coleta, os pelos prepuciais devem ser aparados e o prepúcio lavado a seco com papel toalha;
- O animal jamais deve ser forçado a subir no manequim;
- Os três primeiros jatos vão para o descarte.
Momento de inseminação
O Manual Brasileiro de Boas Práticas Agropecuárias indica que:
- Deve-se verificar sinais de cio sob a presença do macho, como orelhas eretas e fêmea estática;
- O macho deve ser posicionado em frente às fêmeas que serão inseminadas;
- A vulva deve ser limpa a seco com papel toalha;
- A pipeta de aplicação deve ser lubrificada com gel ou algumas gotas de sêmen;
- Os lábios vulvares devem ser cuidadosamente abertos para a passagem da pipeta.
Conservação da temperatura
Segundo o artigo sobre a mudança de temperatura comprometer a qualidade dos sêmens publicado em nosso blog, alguns dos cuidados mais importantes relacionados à temperatura são:
- O sêmen suíno tem que estar entre 15ºC e 18ºC;
- A velocidade de resfriamento deve ser gradativa, evitando choques térmicos;
- O congelamento deve ser restrito ao transporte de material a grandes distâncias ou para a manutenção de bancos de sêmen, já que compromete a produtividade.
Qual o manejo ideal para minimizar os riscos de perdas na inseminação?
Em poucas palavras, uma inseminação artificial de sucesso depende de um diagnóstico correto do cio. E também da qualidade dos materiais inseminados e da fiel prática dos protocolos e padrões recomendados.
A técnica tradicional de inseminação utiliza-se de uma pipeta descartável que vai na vulva da porca ou leitoa no sentido dorsocranial. Depois vai na cérvix.
É nessa região que a dose de sêmen será depositada e, após a correta fixação da pipeta, o recipiente com o inseminante vai acoplar para que a infusão seja completada com sucesso.
Segundo recomendações da Embrapa para a produção de suínos, a inseminação deve ser realizada na presença do macho, tendo a máxima precaução para que o material seminal seja depositado de maneira natural e não forçada na fêmea.
Duas vezes ao dia, é preciso observar o surgimento do cio com cachaço. O mínimo de tempo que uma inseminação deve durar são 4 minutos. Períodos menores que esses dificilmente trarão resultados positivos para a fertilidade.
As inseminações devem ser feitas por duas vezes em cada porca. Mas, com a possibilidade de uma terceira repetição em casos de cio novamente testado e confirmado.
É necessário manter um intervalo de 12 a 24 horas entre inseminações artificiais, segundo o protocolo recomendado para cada categoria de suíno ou de intervalo relacionado ao desmamei-o.
A primeira inseminação deve ocorrer 12 horas após a aceitação do cachaço. Já a segunda precisa de um intervalo de 12 a 24 horas após a realização da primeira.
Nos casos em que a porca ou leitoa aceita o cachaço, a possibilidade de uma terceira inseminação é possível após 12 horas depois da segunda inseminação.
E então?
Você viu que falamos sobre a importância desses cuidados. E outros temas: quais são as etapas de maiores riscos para a inseminação animal e dicas para que se tenha um procedimento adequado que minimize os riscos de perdas.
É muito importante que ao ser responsável pela qualidade e conservação deste material no banco de sêmen, que você esteja atento a estas etapas, principalmente àquelas que dizem respeito ao trabalho realizado no seu negócio.
Por exemplo, o monitoramento da temperatura de forma assertiva para que ela não prejudique ou invalide o material que o banco de sêmen tem à disposição para venda ao mercado.
Contar com câmaras refrigeradas de qualidade e que garantam a temperatura dentro do ideal é primordial!
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