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Como manter a qualidade das amostras coletadas em minha clínica?

23 de janeiro de 2020
Como manter a qualidade das amostras coletadas em minha clínica?

Manter a qualidade das amostras coletadas de sangue, bem como de seus componentes e derivados, é um dos requisitos fundamentais de qualquer laboratório. É esse cuidado que garante a integridade de sua composição e a obtenção dos resultados corretos nas análises propostas – que influenciam diretamente na segurança e nas condições de saúde dos pacientes submetidos aos exames! O principal fator de conservação está ligado à refrigeração ininterrupta das amostras coletadas, que exige monitoramento constante e o uso de equipamentos adequados. Descubra, a seguir, o que torna o controle da temperatura tão importante, quais os cuidados e as faixas mais indicadas para cada tipo de amostra e como evitar erros no processo de armazenamento. Continue a leitura!

Por que garantir a refrigeração adequada para as amostras coletadas?

Quando as amostras de sangue não são conservadas na temperatura indicada, elas podem sofrer deterioração, seja por conta do processo de coagulação, pelo surgimento de bactérias ou por outros meios de contaminação. Isso quer dizer que, caso não exista o cuidado adequado durante o armazenamento ou mesmo transporte do sangue, as amostras coletadas tornam-se inúteis e precisam ser obtidas novamente. Além de todo o prejuízo imposto por uma nova coleta, tanto aos recursos do laboratório, quanto para os pacientes, a questão ainda pode comprometer significativamente a imagem do laboratório que comete esse tipo de erro. Mais que inutilizar determinadas amostras, a falta de cuidado também provoca riscos aos pacientes. Quando não existe o monitoramento das temperaturas e eventuais variações acabam prejudicando o sangue sem que ninguém perceba, as análises dos exames passam a apresentar resultados incorretos. Em situações mais drásticas, a falta de conservação do sangue é nítida. Quando essas alterações são sutis, porém, diagnósticos podem ser alterados e tratamentos inteiros podem ser comprometidos. Se pensarmos além, em doações de sangue, por exemplo, caso ocorra a coagulação de uma bolsa por falta de monitoramento e adequação da temperatura, vidas podem ser perdidas por conta dos riscos que isso traria à transfusão. Com todos esses pontos destacados, é clara a importância da refrigeração correta das amostras coletadas! Para que elas sejam mantidas da maneira correta, porém, é preciso seguir os padrões de temperatura indicados para cada hemoderivado. Saiba mais sobre eles no item seguinte.

Quais os cuidados e as faixas ideais de temperatura para cada tipo de hemoderivado?

As amostras precisam ser armazenadas no recipiente que foi utilizado durante a sua coleta por meio de um sistema fechado, sem que ocorra violação do selo de segurança. Já as câmaras refrigeradas devem garantir que a temperatura seja contínua e distribuída igualmente no ambiente interno. Além de termômetro permanente e sistema de monitoramento com registro contínuo das temperaturas, as câmaras de conservação também precisam contar com alarmes para alertar quaisquer variações e baterias reservas contra quedas de energia. Após certificar-se de todos esses cuidados, as amostras coletadas devem respeitar os seguintes padrões de armazenamento: • Concentrados de hemácias devem ser armazenados entre +2ºC e +6ºC. O tempo varia conforme o anticoagulante (para ACD ou CPD são 21 dias, CPDA\1 são 35 dias e SAG\M são 42 dias); • Concentrados de hemácias lavadas também devem ficar de +2ºC a +6ºC, mas sua conservação limita-se a apenas 24 horas; • O plasma fresco congelado exige temperatura igual ou menor que -18ºC. Em sistema aberto, o tempo de conservação não pode ultrapassar 8 horas. Fechado, pode ser mantido por até 12 meses; • O plasma comum é como se caracteriza o plasma fresco congelado que está armazenado há mais de 12 meses. Ele precisa ser rotulado novamente e conservado em temperaturas iguais ou menores que -18ºC por até 5 anos; • O plasma crio precipitado também deve ser mantido em -18ºC ou menos. Sua validade é de até 12 meses; • O concentrado de plaquetas tem o tempo máximo de conservação sem agitação de apenas 72 horas em temperatura de +1ºC a 6ºC. Com agitação constante e faixa 20º a 24ºC, ele é válido por 5 dias. Ao adotar todos esses cuidados, seu laboratório estará apto preservar o padrão de qualidade das amostras coletadas junto aos pacientes! É claro que, mesmo com todos esses padrões, ninguém está livre de cometer erros. Para torná-los os menos recorrentes possíveis, confira no próximo item quais os cuidados mais comuns para evitá-los.

Como evitar erros no armazenamento e manter a qualidade das amostras?

Alguns cuidados básicos podem contribuir para que nenhuma falha interna ou problema de atenção acabem provocando erros durante o armazenamento das amostras coletadas! Separamos os 3 cuidados mais básicos que precisam ser adotados pelos laboratórios nesse processo:

Garanta a identificação correta das amostras

As boas práticas para a coleta de sangue em laboratórios apontam que a identificação dos tubos em que as amostras serão contidas deve ocorrer antes da própria coleta junto ao paciente. Por mais básica que essa precaução possa parecer, não é incomum que as etiquetas sejam colocadas logo após a colocação do sangue no recipiente, seja por pressa ou até mesmo falta de atenção no início do atendimento. Esse tipo de situação favorece confusões e pode fazer com que determinadas amostras acabem sendo misturadas, comprometendo a fidelidade dos resultados obtidos nas análises laboratoriais. Com isso em mente, jamais realize nenhum procedimento sem antes etiquetar o tubo com as informações da coleta e com os dados pessoais do paciente. Não se esqueça de também cobrar essa questão com rigor de toda a sua equipe!

Previna a hemólise

Caracterizada como a quebra das hemácias no tubo de coleta, a hemólise precisa ser evitada ao máximo, pois ela inviabiliza a realização de todo o exame. Cumprir as ordens de coleta com fidelidade e certificar-se de que o volume coletado é compatível com o tubo em que o sangue será armazenado é imprescindível para evitar sua ocorrência. Garantir a homogeneização e evitar a inversão do tubo após a retirada da amostra também é fundamental, assim como respeitar os parâmetros que caracterizam o sistema fechado de contenção das amostras coletadas.

Utilize equipamentos adequados

Para que o armazenamento de amostras de sangue seja feito dentro de todos os parâmetros descritos no item anterior, tanto em relação à manutenção da temperatura, quanto ao seu monitoramento, é indispensável o uso de equipamentos específicos. Esses sistemas de conservação são conhecidos como câmaras refrigeradas e são desenvolvidos para atender aos requisitos da conservação de sangue e outros materiais laboratoriais. Além de pleno alinhamento com as nhttps://elbermedical.com.br/sangueormas da ANVISA para o setor, as câmaras contam com sistemas completos para a manutenção constante e igualitária da temperatura, sinalização de eventuais falhas e fornecimento constante de energia. Se você quer investir nas melhores câmaras refrigeradas para preservar a qualidade das amostras coletadas no seu laboratório, entre em contato conosco! Se desejar, clique abaixo e faça o download gratuito do nosso Guia Completo sobre Refrigeração em Laboratórios Clínicos! Ebook refrigeração em laboratórios clínicos

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