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Normas e Legislação - o que saber sobre a conservação e armazenamento de vacinas na clínica?

23 de janeiro de 2020
Normas e Legislação - o que saber sobre a conservação e armazenamento de vacinas na clínica?

Quando lidamos com materiais sensíveis à temperatura, naturalmente a preocupação é maior quanto a sua preservação. Nesse quesito, a conservação de vacina apresenta os maiores desafios.Se você tem uma câmara de vacina e existem ainda dúvidas sobre temperatura e condições de preservação, não se preocupe. Vamos entender procedimentos, normas técnicas e o que a legislação fala sobre o tema.Quer saber tudo o que você precisa para conservar vacinas da melhor forma na sua clínica? Então acompanhe as nossas dicas!

Conheça os principais desafios relacionados à conservação de vacina

Como mencionamos, vacinas são materiais sensíveis. Pela sua condição biológica variável, elas devem ser sempre mantidas em temperatura adequadas. Qualquer variação fora do comum pode comprometer a qualidade da vacina em questão.Em geral, a maioria das vacinas precisa estar entre as temperaturas de 2°C a 8°C para não perder sua eficácia. Isso nem sempre é fácil, uma vez que o processo, desde a fabricação até a aplicação, deve respeitar essa margem de temperatura.Na prática, isso significa que cada etapa do processo precisa estar muito bem alinhada em relação à temperatura e conservação: o laboratório, centrais de armazenamento, salas de vacina e demais participantes da rede.Sendo assim, o primeiro desafio é garantir esse controle homogêneo entre todos os pontos. Outra questão é o transporte: muitas vezes, a perda de temperatura, ou mesmo danos, ocorrem nessa etapa do processo.É essencial contar com os equipamentos específicos para esta aplicação para que essa faixa de temperatura não saia do padrão, mesmo quando a vacina estiver sendo transportada.Para entender melhor alguns pontos críticos, vamos analisar os erros mais comuns em conservação de vacina no item a seguir.

Saiba quais os erros mais comuns cometidos nessa área

Segundo estudo publicado na revista científica Vaccine, em 2007, a exposição das vacinas a temperaturas abaixo dos 2ºC indicados é a principal falha dessa cadeia.Dentro disso, existe uma série de erros comuns em procedimentos de câmaras de vacinas. Entre os erros mais frequentes, podemos elencar com base no estudo:- Vacinas expostas ao congelamento;- Refrigeradores para conservação de vacinas com temperaturas inferiores a 0°C;- Falha no monitoramento da temperatura, que provoca variações;- Congelamento ocorrido durante o transporte.Essas fragilidades apontadas pela pesquisa levam a uma questão muito séria: não é apenas um, mas diversos fatores que podem comprometer a qualidade das vacinas. Para garantir boas práticas em imunizações, é preciso agir para evitá-los.

Principais normas técnicas e legislação sobre conservação e armazenamento de vacinas

Considerando os pontos mencionados até aqui, o Ministério da Saúde, junto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), traz considerações importantes na legislação sobre a conservação e armazenamento de vacinas.Descubra os principais deles a seguir:

Condições organizacionais

Primeiro, o Ministério da Saúde e a ANVISA são bem claros em relação às condições organizacionais para que um estabelecimento possa conservar e aplicar vacinas. Entre os artigos estão:- Art. 4º O estabelecimento que realiza o serviço de vacinação deve estar devidamente licenciado para esta atividade pela autoridade sanitária competente;- Art. 5º O estabelecimento que realiza serviço de vacinação deve estar inscrito e manter seus dados atualizados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES;- Art. 6º O estabelecimento que realiza serviço de vacinação deve afixar, em local visível ao usuário, o Calendário Nacional de Vacinação do SUS, com a indicação das vacinas disponibilizadas neste calendário.Uma vez que esses pontos estejam todos em dia, podemos considerar agora o que a legislação trata a respeito da infraestrutura para uma clínica que trabalha com a conservação de vacinas.

A infraestrutura básica

Na Seção III, considerando os pontos básicos de infraestrutura, os órgãos apontam itens essenciais para garantir a melhor conservação das vacinas:- Caixa térmica de fácil higienização;- Equipamento de refrigeração exclusivo para conservação de vacinas, com termômetro de momento com máxima e mínima;- Termômetro de momento, com máxima e mínima, com cabos extensores para as caixas térmicas.Além disso, é importante lembrar que os equipamentos de refrigeração para conservação de vacina devem sempre estar regularizados perante a ANVISA, a fim de garantir a qualidade de conservação, principalmente durante transporte.

Preservação das vacinas

Sobre a preservação das vacinas, a legislação apresenta na Seção IV - Do gerenciamento de tecnologias e dos processos, o padrão de qualidade esperado para a melhor preservação, seja em clínica ou durante transporte.Os itens da legislação são:- I - meios eficazes para o armazenamento das vacinas, garantindo sua conservação, eficácia e segurança, mesmo diante de falha no fornecimento de energia elétrica;- II- registro diário da temperatura máxima e da temperatura mínima dos equipamentos destinados à conservação das vacinas, utilizando-se de instrumentos devidamente calibrados que possibilitem monitoramento contínuo da temperatura;- IV- demais requisitos da gestão de tecnologias e processos conforme normas sanitárias aplicáveis aos serviços de saúde.Quanto ao transporte, o Artigo 12 aponta medidas para controle de qualidade e integridade das vacinas.Entre elas, está o uso de equipamentos específicos para manter a conservação indicada pelo fabricante e o monitoramento constante de temperatura com registro de mínima e máxima.

Quais são as dúvidas mais frequentes sobre o assunto?

Para que não reste nenhuma dúvida, confira algumas das perguntas mais comuns sobre a conservação de vacina e qual a solução correta para cada caso.

A vacina perde o efeito caso seja congelada?

Isso pode variar de acordo com a vacina. Algumas certamente perdem a potência imunogênica, como é o caso das vacinas inativadas e as que contém derivados de hidróxido de alumínio.

Se a geladeira parar de funcionar, é preciso descartar as vacinas na hora?

Caso as vacinas encontrem temperaturas mais elevadas em relação às indicações de conservação, o primeiro passo é realizar procedimentos específicos (testes) em laboratórios especializados. Esses procedimentos existem para determinar sua estabilidade.
Leia mais: Saiba porque o armazenamento de vacinas em geladeiras comuns é um erro!

Em quais situações preciso descartar as vacinas?

Existem situações que pedem por um descarte imediato da vacina, como:- Exposição à temperatura igual ou acima de 25°C por mais de 24 horas;- Se a vacina já tiver passado por variações de temperatura fora dos valores indicados em momentos anteriores;- Quando houver frascos abertos.Se alguma dessas situações for identificada, o descarte da vacina se faz necessário o quanto antes, com intuito de evitar mais problemas no futuro.O armazenamento correto das vacinas é um assunto de extrema importância para a saúde pública. Se você tem uma clínica, é preciso estar atento à legislação e suas normas de qualidade.Qualquer ponto fora da curva indicada pode colocar em risco seus pacientes e a percepção da ANVISA em relação à sua clínica. Por isso, fique sempre atento e monitore com cuidado todos os indicadores de temperatura e qualidade!Se você ficou com alguma dúvida sobre o assunto ou quer garantir muito mais segurança e excelência na conservação de vacina, entre em contato conosco e solicite um orçamento sem compromisso!Somos referência no assunto e contamos com as opções ideais para o seu laboratório!Confira também: Armazenamento de vacinasSolicite um orçamento

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