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Doação de sangue - os cuidados no armazenamento da coleta

1 de julho de 2020
Doação de sangue - os cuidados no armazenamento da coleta

Com a pandemia do Coronavírus a doação de sangue sofreu uma grande queda, impactando os serviços de saúde em todo o país. 

Por isso, o Ministério da Saúde está incentivando a população a continuar doando sangue, mas com cuidados adicionais que devem ser realizados pelas clínicas, laboratórios, hospitais e demais instituições. 

Continue a leitura para entender melhor quais são os requisitos para doação de sangue relacionados ao Covid-19 e como você, profissional de saúde, pode contribuir para a campanha de doação. Confira!

Tenha atenção aos requisitos mínimos e recomendações da doação de sangue

Para que a doação de sangue ocorra de maneira segura, os requisitos e recomendações devem ser sempre recordados e seguidos à risca pelas empresas ou órgãos de saúde.

Segundo publicação da FAB sobre a campanha de doação, os requisitos para que uma pessoa possa doar sangue são:

- Estar em boas condições de saúde;

- Ter entre 16 e 69 anos. Destacamos que para menores de 18 anos é preciso contar com o consentimento dos responsáveis e pessoas entre 60 e 69 anos só podem realizar a doação se já doaram antes dos 60 anos;

- Pesar no mínimo 50kg;

- Estar bem descansado, com no mínimo 6 horas de sono nas últimas 24 horas;

- Estar bem alimentado, evitando comidas gordurosas nas 4 horas anteriores à doação;

- Apresentar um documento original com foto, emitido por um órgão oficial.

Outra recomendação dos órgãos de saúde é que o doador evite fumar por pelo menos 2 horas antes e depois da doação.

Por fim, é essencial prestar atenção aos intervalos para doação. Para os homens o período é de 60 dias, com no máximo 4 doações nos últimos 12 meses. Já para as mulheres, o intervalo é de 90 dias, com no máximo 3 doações nos últimos 12 meses.

Impedimentos temporários

Entretanto, mesmo cumprindo estes requisitos, o doador não pode apresentar um dos seguintes impedimentos temporários:

- Resfriado, sendo necessário aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas;

- Gravidez, a doação só poderá acontecer 90 dias após o parto normal ou 180 dias após a cesariana;

- Amamentação, se o parto ocorreu há menos de 12 meses;

- Ingestão de bebida alcoólica em até 12 horas antes da doação;

- Tatuagem feita nos últimos 12 meses;

- Aguardar 12 meses em situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis;

- Caso de febre amarela recente, vacina para febre amarela e viagens para países com risco de doenças transmissíveis;

- Ou ainda, viagens nos últimos 12 meses para os estados: Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará E Tocantins (incidência de transmissão de malária).

Impedimentos definitivos

As doenças que impedem de forma definitiva a doação de sangue são:

- Hepatite desenvolvida após os 11 anos de idade;

- A evidência clínica ou laboratorial de hepatites b e c;

- AIDS (vírus HIV);

- Doenças associadas aos vírus HTLV I e II e doença de chagas;

- Malária.

Cuidados relacionados ao Covid-19

Além dos procedimentos padrão que já são realizados na doação de sangue, a pandemia de Covid-19 trouxe outras necessidades a este serviço.

Conforme determina a nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde, doadores que estiveram em contato com pacientes confirmados de Covid-19 nos últimos 30 dias ou com casos suspeitos, devem ser considerados inaptos para a doação por 14 dias.

É importante destacar que este período de 14 dias passa a contar após o último contato com essas pessoas.

Já quem apresentou a confirmação de infecção pelo Covid-19 deve ser considerado inapto por 30 dias, após sua recuperação completa.

Também não é possível doar se for constatado algum sintoma respiratório ou febre nos últimos 30 dias.

Candidatos à doação de sangue que tenham se deslocado ou que sejam procedentes de países com casos autóctones confirmados devem ser considerados inaptos por 14 dias após o retorno destes países.

As pessoas que realizaram isolamento voluntário ou recomendado por médicos devido a possíveis sintomas permanecem inaptos para a doação de sangue durante todo o período do isolamento, com no mínimo 14 dias, se estiverem assintomáticos.

Além disso, os locais de coleta devem estabelecer alguns cuidados e restrições. É essencial restringir o número de atendimentos diários e de pessoas no mesmo ambiente, disponibilizar condições de lavagem das mãos e uso de antissépticos, e realizar a higienização regular das áreas.

Por fim, o Ministério determina que “os serviços de hemoterapia devem implementar mecanismos e rotinas para prevenção e controle durante a assistência aos candidatos à doação ou receptores de sangue com casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo SARSCoV2, bem como para comunicação às autoridades de saúde pública, seguindo as orientações publicadas periodicamente pelo Ministério da Saúde.”

Como os profissionais de saúde podem ajudar na campanha de doação de sangue

Além de todos os cuidados e procedimentos recomendados no tópico anterior para a realização de um serviço seguro e de qualidade, os profissionais de saúde ainda podem tomar algumas iniciativas para contribuir com a campanha.

É possível colaborar incentivando a doação de sangue entre os profissionais de saúde, realizar a distribuição de materiais informativos sobre o tema, explicando para a população como é feita a doação e a sua importância neste momento.

Também é interessante organizar eventos e conteúdos online para conscientizar a comunidade, visto que o consumo de mídia digital vem aumentando ainda mais durante a pandemia.

Conte com bons equipamentos para o armazenamento do sangue coletado

Mesmo que o serviço de saúde siga todas as recomendações e boas práticas para a doação de sangue, podem ocorrer problemas com as amostras devido ao uso de equipamentos de armazenamento inadequados.

Por isso, as clínicas e outras instituições de saúde devem investir em equipamentos de qualidade para armazenar as amostras de sangue coletado. O ideal é que o equipamento seja fechado, como uma câmara de conservação, por exemplo.

Outra indicação é utilizar o equipamento exclusivamente para o armazenamento de sangue.

As câmaras de conservação devem garantir a temperatura contínua e uniforme para todo o material, e dispor de recursos para o registro dos dados e alarmes em casos de variação de temperatura. Assim, os requisitos da RDC nº34 determina as boas práticas no ciclo do sangue.

Nesse sentido, as câmaras de conservação da Elber Medical possuem recursos desenvolvidos exclusivamente para o armazenamento de produtos sensíveis à temperatura.

Os equipamentos contam com funcionalidades que permitem o atendimento às normas legais, realização de um serviço mais seguro e com mais eficiência. Clique abaixo para conhecer mais sobre nossas câmaras de conservação e solicitar um orçamento sem compromisso!

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