5 minutos de leitura

Pesquisa do Instituto Locomotiva e Unidos pela Vacina aborda dados sobre a vacinação da Covid-19

16 de agosto de 2021
Pesquisa do Instituto Locomotiva e Unidos pela Vacina aborda dados sobre a vacinação da Covid-19

Uma pesquisa do Instituto Locomotiva e do movimento Unidos pela Vacina feita em abril deste ano, trouxe dados relevantes sobre a vacinação da Covid-19. O estudo foi feito em 5.569 cidades do Brasil, a partir de entrevistas por telefone e online, com gestores municipais de saúde. Ao todo, foram contatados 99% dos secretários municipais de saúde do país.Um dos principais pontos levantados diz respeito à necessidade de reforço na estrutura dos postos que realizam os procedimentos de vacinação. Isso certamente conseguiria acelerar o processo de imunização.Entretanto, a realidade é que ainda faltam itens básicos, tais como  geladeiras para vacinas adequadas em muitos ambientes clínicos. Questões como o atraso na negociação com laboratórios e dificuldades logísticas contribuem para esse cenário.Para conferir mais pontos levantados pelo estudo, continue a leitura!

Principais pontos divulgados pela Pesquisa do Instituto Locomotiva

Antes de mais nada, vale observar os impactos da covid-19 nos municípios, segundo a publicação. Praticamente, dois em cada três municípios relatam ter sido muito afetados, o que desponta uma proporção crescente, pois quanto maior a região, maior o impacto sentido.Ademais, a infraestrutura é fator essencial para o avanço das campanhas de vacinação, o que foi confirmado pelos dados. A pesquisa constatou ser preciso melhorar esse ponto em algumas unidades de saúde, tendo em vista a dinâmica única da vacinação em uma pandemia.O que foi exposto:
  • Apenas 60% das unidades do serviço público de saúde contam com geladeiras com medição, alarme e temperatura em boas condições;
  • 65% dispõem de sala de vacinação adequada;
  • 68% têm no estoque termômetros em quantitativo suficiente para atender caixas térmicas, bem como quantitativo reserva de termômetros e pilhas;
  • 75% possuem caixas térmicas em condições de uso para as salas de vacina, ações extramuros e transporte das vacinas no município e 85% tem à disposição pia com água, sabonete, papel toalha, lixeiras com pedal, caixa coletora de perfurocortantes e sacos plásticos.
Já no que se refere às estratégias para vacinação, 99% dos municípios previram vacinação em domicílio para grupos prioritários, 67% têm postos volantes e 48% possuem unidades abertas aos finais de semana.A mesma lógica de que quanto maior a região, maior o impacto sentido vale para o planejamento direcionado à imunização de pessoas em postos volantes e aos finais de semana. Neste caso, quanto maior é o município, maior é a atenção dedicada a organizar alternativas para acelerar esse processo.

A importância de contar com os recursos certos para o combate da pandemia

Conforme apontado pela pesquisa do Instituto Locomotiva, o país sofre com a carência de recursos altamente importantes para o combate da pandemia. Para se ter uma noção, 40% dos municípios participantes do estudo não possuíam geladeiras com medição de temperatura e alarme em boas condições.O que se sabe é que tão imprescindível quanto o máximo de pessoas vacinadas, é o máximo de pessoas vacinadas com qualidade e eficiênciaPara isso, não existe outro caminho – é preciso dar a devida atenção à etapa de armazenamento das doses que serão distribuídas, o que se dá através de equipamentos aptos a abrigar perfeitamente os termolábeis.Para um uso saudável, as vacinas têm que ser conservadas nos graus instruídos pelos laboratórios, além de serem mantidas separadamente, sem proximidade com alimentos, por exemplo.Outro aspecto a ser citado é que as doses, por vezes, não podem ser congeladas, pois, isso pode fazer com que elas percam a potência, comprometendo a proteção imunogênica. Com isso, o armazenamento precisa garantir um fornecimento elétrico constante e homogêneo e, em casos de queda de energia, deve continuar operando normalmente.Isso é possível através de recursos encontrados em geladeiras adequadas para vacinas, com geradores ou baterias que podem ser acionados quando há a interrupção de energia. Elas também deverão realizar o controle e registro contínuo das temperaturas do equipamento de refrigeração, estruturando tudo da melhor maneira possível.

Desafios que precisam ser superados

Alguns desafios precisam ser superados ao considerar o contexto de pandemia provocada pela Covid-19, segundo pontos citados no estudo. Um dos tópicos gira em torno das condições para cadastramento e controle dos vacinados, já que em 19% dos municípios, a maioria das unidades de saúde não utiliza internet para registros da vacinação.Além desse dado, outro amplia um problema por vezes negligenciado — o da ausência de acesso digital. Das regiões que realizam a aplicação das doses, para se ter uma ideia, 12% precisam de computador, um item básico e fundamental para a otimização do trabalho.Por fim, um desafio explicitado tange à comunicação com a população e com os governos federal e estaduais, enxergada como uma das principais formas com que a iniciativa privada e a sociedade civil podem contribuir com o processo de vacinação.

E então?

Como vimos neste conteúdo, diversos são os fatores que cooperam para a lentidão referente à aplicação de vacinas. As informações divulgadas são úteis para ajudar na clareza acerca da conjuntura em vigência, auxiliando em uma gestão mais eficiente.Aproveite para baixar gratuitamente o nosso infográfico com informações essenciais sobre refrigeração no armazenamento de vacinas e medicamentos!  

< Anterior Próximo >
Faça um
comentário