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Armazenamento de medicamentos termolábeis: como você tem feito?

2 de julho de 2021
Armazenamento de medicamentos termolábeis: como você tem feito?

O armazenamento de medicamentos termolábeis é fundamental para garantir a segurança e qualidade dos mesmos. Como se tratam de produtos altamente sensíveis, é importante que essa etapa seja realizada de forma adequada. O armazenamento correto auxiliará, sobretudo, na temperatura ideal, já que é comum que os termolábeis sofram alterações e até decomposição devido às mudanças térmicas. Além disso, eles devem ser mantidos em equipamentos específicos, apropriados para a conservação de suas propriedades. A temperatura de alguns medicamentos deve ser mantida entre +2°C e +8°C, enquanto outros devem ser congelados, ficando entre -20°C e -10°C. Porém, seja qual for o grau indicado, o local em que serão manuseadas as embalagens deve ter uma temperatura contínua em torno de 20°C. Neste conteúdo, você verá como realizar essa etapa tão relevante, visando a eficiência máxima e preservando as condições de uso.  Vale ainda lembrar que, de acordo com o Ministério da Saúde, “nenhum medicamento poderá ser estocado antes de ser oficialmente recebido e nem liberado para entrega sem a devida permissão, também oficial.” Observações feitas, continue a leitura!

Como realizar o armazenamento de medicamentos termolábeis?

Um dos maiores desafios continua sendo realizar o armazenamento de medicamentos termolábeis, pois eles exigem cuidados especiais que evitam a sua perda de propriedades. Do contrário, pode haver redução da sua eficácia, gerando riscos à saúde humana. Quanto a isso, é essencial que o profissional encarregado dessa etapa esteja informado e cumpra plenamente as normas estabelecidas pela ANVISA e pelo Ministério da Saúde.  A principal delas é a RDC nº 304/2019, que dispõe acerca de práticas de distribuição, armazenamento e transporte. Outra norma a ser seguida rigorosamente é a RDC nº 318/2019 (estudos de estabilidade de medicamentos) e a RDC nº 50/2011 (procedimentos para o estudo de estabilidade de produtos biológicos). A seguir, confira passos cruciais para o armazenamento de medicamentos termolábeis!

Questões primordiais

Antes de qualquer ação, é essencial que os funcionários sejam capacitados para o exercício das atividades de maneira adequada, minimizando oportunidades de riscos aos medicamentos.  Com isso, é também necessário o estabelecimento e aplicação de requisitos voltados à saúde, higiene e vestuário, conforme a execução em questão.

Controle de estoque e de entradas e saídas de estoques

No que tange a parte logística, é valorosa a existência de um controle ativo de entradas e saídas de estoques, no intuito de observar e diminuir o tempo de exposição dos termolábeis. Além disso, vale realizar o controle de estoque através de leitor de código de barras.  Boas opções, nesse quesito, se dão através de soluções disponíveis no mercado, que atuam na conservação de termolábeis, garantindo que eles se mantenham 100% seguros para uso/análise.  Hoje em dia, existem sistemas tecnológicos capazes de monitorar a temperatura no ambiente clínico e no transporte, agregando maior precisão à operação e identificando possíveis irregularidades. Com recursos modernos, você perde até menos tempo tendo que realizar controles manualmente, como, por exemplo, em planilhas, o que é um tanto quanto improdutivo. Isso porque, através de equipamentos de armazenamento de medicamentos termolábeis, é possível ter o controle remoto por 24 horas, sem precisar de ações humanas. Aliás, é uma recomendação da Anvisa optar por soluções que possam oferecer uma administração mais eficaz e assim reconhecer mais agilmente variações na temperatura ou problemas ocasionados aos medicamentos termolábeis.

Organização correta do refrigerador

Pouco adianta saber qual o nível térmico exato para o armazenamento de medicamentos termolábeis e não fazer uma organização correta do refrigerador, que deve ser de uso exclusivo para essa finalidade. Isto é, nada de guardar alimentos ou similares em nenhum compartimento. O que ocorre é que a presença de alimentos coopera para contaminações. Ademais, qualquer motivo inapropriado referente ao uso do refrigerador exige que ele seja aberto com mais frequência, o que atrapalha a manutenção de temperatura indicada.

Limpeza de equipamentos

Por fim, para garantir a qualidade e a conservação das propriedades dos medicamentos termolábeis, é imprescindível dedicar atenção à limpeza de equipamentos, como o refrigerador. Para isso, recomendamos o uso de uma caixa térmica com bobinas de gelo reutilizável para guardar os termolábeis durante a limpeza, caso não tenha mais de uma câmara disponível. Destacamos que a caixa precisa de uma temperatura entre +2°C a +8°C, e estar vedada corretamente. Considerando que as caixas térmicas são soluções mais simples e não possuem toda a segurança de uma câmara, o ideal é realizar a limpeza quando o estoque de vacinas estiver reduzido. Para limpar as superfícies da câmara, nunca utilize outros materiais de limpeza além do sabão neutro. Outra prática que deve ser evitada é jogar água no interior do equipamento. Apesar de parecerem detalhes, isso pode trazer prejuízos ao funcionamento da sua câmara. Esta etapa precisa ser realizada apenas com um pano umedecido com água, e quando necessário sabão, para limpar as bandejas, porta e demais superfícies. Por fim, é fundamental aguardar que a câmara conservadora volte à sua faixa de temperatura ideal antes de armazenar os imunobiológicos novamente. Após finalizar o processo de limpeza, ligue o equipamento na energia elétrica e feche a porta. Para armazenar as vacinas novamente, é preciso ter a comprovação da estabilidade da temperatura em +5°C, além de ajustar o alarme visual e sonoro da câmara, com mínimo de +3°C e máximo de +7°C.

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E então?

Como vimos neste conteúdo, o armazenamento de medicamentos termolábeis requer alguns cuidados para que não ocorram danos às suas propriedades, alterando a eficácia dos produtos.  Basta seguir as recomendações dispostas ao longo da leitura para garantir um armazenamento dentro do recomendado.  Para continuar a aprofundar seu conhecimento sobre o assunto, confira nosso conteúdo do blog sobre Geladeira para vacinas: quais prejuízos a clínica pode ter ao escolher a errada?

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