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Dos requisitos ao transporte - saiba como doar sangue

16 de março de 2022

Doar sangue é um ato de amor com o próximo. No entanto, em toda parte do mundo, o número de doadores só não é maior por conta das dúvidas sobre esse tipo de coleta. Abaixo, descubra tudo sobre como doar sangue, inclusive, o que acontece com ele após a doação. Para quem está ligado à área da saúde, fica a dica: o armazenamento do sangue doado precisa seguir regras para que os hemocomponentes tenham validade até que sejam usados em outros pacientes e pessoas que precisam deles. Para entender tudo sobre como doar sangue de maneira segura, continue lendo. Temos um conteúdo dividido em grandes tópicos que trazem as dúvidas mais comuns das pessoas, inclusive, de profissionais que atuam nas áreas da medicina e da saúde. Os tópicos listados são:

O que precisa para doar sangue
Onde doar sangue
Para onde o sangue vai após a doação
As regras de armazenamento do sangue doado

O que precisa para doar sangue

Quem cumpre os requisitos pode considerar a hipótese da doação de sangue. No dia da coleta de sangue, saiba que vai ser preciso apresentar um documento original recente e que tenha uma foto de identificação. Pode ser o RG ou a CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Pessoa coletando sangue

Mas, como saber se eu posso doar sangue, você pode estar perguntando. Através dos requisitos, que estão listados abaixo. Confira!

Os requisitos para doar sangue

O primeiro requisito para doação de sangue é ter entre 16 e 69 anos. No entanto, quem tem menos do que 18 anos vai precisar preencher um formulário de autorização ou estar acompanhado dos pais/responsáveis. Quem tem mais de 60 anos precisa ter feito ao menos uma doação durante a vida. Depois, vem o requisito sobre as boas condições de saúde. Nesse caso, se encaixa o peso mínimo de 50 quilos, estar descansado (ter dormido ao menos 6 horas nas últimas 24 horas) e estar alimentado (sem comidas gordurosas nas últimas 4 horas). Os homens devem aguardar um período mínimo de 60 dias para fazer novas doações e nunca devem passar de 4 doações no ano. Enquanto isso, as mulheres devem aguardar um período de 90 dias e somar no máximo 3 doações de sangue ao longo de 12 meses.

Quem não pode doar sangue

Atualmente, algumas pessoas estão impedidas de doar sangue de maneira definitiva. É o caso de quem teve hepatite após os 11 anos de idade ou outras doenças infecciosas pelo sangue (Hepatites, AIDS, HTLV e Chagas). Quem tem ou teve Mal de Parkinson, Malária e fez uso de drogas ilícitas injetáveis também não pode ser um doador de sangue no Brasil. Também existem os pré-requisitos que levam as pessoas a não indicação deste ato momentaneamente. Ou seja, essas pessoas não podem fazer as doações agora, mas isso poderá acontecer nos próximos meses. Por exemplo, quem está com sintomas de resfriado, as grávidas, quem amamenta, que tomou bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas, quem fez cirurgias recentemente, quem tomou vacina nas últimas 48 horas, etc.

Onde doar sangue

A doação de sangue deve sempre acontecer em uma das Unidades de Coleta de Sangue ou Bancos de Sangue disponíveis nas cidades brasileiras. Geralmente, esses lugares são chamados de hemocentro, que faz todo processamento do sangue doado.

Aliás, um hemocentro é uma instituição que pode ser pública ou privada e realiza a hemoterapia e a hematologia. O foco é fornecer o sangue (a partir dos componentes) aos hospitais da rede pública e da rede privada. Enquanto isso, um banco de sangue é quase sempre uma empresa pública, que oferece à população os serviços de doação de sangue. Também existem bancos de sangue privados, mas que focam no armazenamento de sangue por parte de famílias interessadas. É possível doar sangue em hospitais? Essa é outra dúvida das pessoas. Saiba que sim e não. Isso porque o hospital não recebe a doação de sangue diretamente. Mas, pode ser que tenha um hemocentro ligado a eles, como é o caso do Hospital das Clínicas de várias cidades.

As etapas da doação de sangue

Independente do lugar escolhido para fazer a doação de sangue, existem etapas que são fundamentais de acontecerem nesse dia. Basicamente, elas se dividem em 3, sendo: recepção, triagem e coleta. Veja, resumidamente, o que acontece em cada uma delas. Recepção – é quando acontece o cadastro do doador. Assim que chega no lugar da doação, ele informa os dados pessoais, apresentando o documento original. Esse tipo de atendimento costuma ser bastante rápido e acolhedor para quem vai doar pela primeira vez. Triagem – é a parte mais clínica de todo processo. Nessa hora, os profissionais da saúde avaliam as condições de cada pessoa doadora, visando especialmente os riscos para quem vai receber o sangue. Os interessados passam por um tipo de entrevista. Coleta – a última etapa é a da coleta de sangue, que dura em média 15 minutos. A coleta de sangue é feita com materiais esterilizados, descartáveis e sem risco para a saúde de quem está doando sangue. Depois da coleta ainda vem uma próxima etapa, que nada mais é do que o lanche e a hidratação. Os bancos de coleta oferecem esse tipo de atendimento aos doadores para que continuem se sentindo bem durante o passar do dia.

Para onde o sangue vai após a doação

O sangue que é coletado através de doações é usado no atendimento de urgência, na realização de cirurgias e no tratamento de pessoas com doenças crônicas, como é o caso de anemia falciforme e talassemia. Bolsa e frascos de sangue

Sendo assim, a gente pode explicar o percurso dele a partir de dois pontos: as amostras que vão para os testes e as bolsas terão uso para outras pessoas. Veja cada um deles.

Os tubos de sangue para testes

Depois da doação, os tubos com amostras vão para os laboratórios que fazem análises. O objetivo é saber se aquele sangue poderá ser doado. É nessa etapa que se faz a detecção de doenças como sífilis, hepatite, Chagas e outras com identificação pelo sangue. Nesses mesmos testes dá para se descobrir o tipo de sangue e características. Vale saber que até que os resultados surjam, essas amostras de sangue ficam armazenadas em locais refrigerados, em um processo chamado de quarentena.

As bolsas de sangue para processamento

Enquanto isso, as bolsas de sangue são levadas para o setor de processamento de sangue. Neste lugar, o serviço de hemoterapia divide o sangue em vários componentes: eritrocitários (para tratamento de anemias e hemorragias), plaquetários (para pacientes com risco de hemorragia) e plasmáticos (usado no tratamento de pacientes com distúrbios de coagulação). Conforme o resultado do teste (não reagente para sorológicos e ácido nucleico viral), os hemocomponentes são rotulados e liberados. Nessa hora, saiba que também existem regras específicas sobre o armazenamento do sangue, sendo que todos os bancos de sangue do país devem seguir.

As regras de armazenamento do sangue doado

Para quem ficou curioso, leve em conta que essas instituições que fazem ou recebem as doações devem levar em conta o tipo de sangue para fazer o armazenamento correto dele. Para se ter uma ideia, os glóbulos vermelhos (hemácias) devem estar em geladeiras em temperaturas de 2º C até 6ºC. As plaquetas ficam em lugares com temperatura ambiente entre 20ºC e 24ºC. Já o plasma precisa ser congelado em temperatura de 18ºC negativos. Para se ter esse tipo de cuidado, os bancos de sangue devem ter equipamentos de armazenamento de sangue de qualidade e que funcionem com as temperaturas indicadas.

Além desse cuidado com o armazenamento do sangue, considere que cada um dos componentes do sangue possui um prazo de validade. As plaquetas devem ser usadas em até 5 dias após a coleta, os glóbulos vermelhos duram 1 mês e o plasma até 1 ano. Isso explica porque em alguns lugares do Brasil, como em São Paulo, todo o processamento do sangue doado não leva mais do que 6 horas após a doação – desde que armazenados da forma correta. Confira também: transporte de medicamentos

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