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Transporte de amostras de sangue: 7 dicas para efetuá-lo de forma eficaz!

19 de julho de 2021
Transporte de amostras de sangue: 7 dicas para efetuá-lo de forma eficaz!

O processo de armazenamento de sangue coletado requer atenção para que seja feito de forma segura e eficiente, evitando alterações que possam interferir nos resultados da análise. Porém, não podemos esquecer do transporte de amostras de sangue e como efetuar essa etapa de forma eficaz também é importante. Para cooperar com esse cenário, foi criado pela Anvisa o Manual de Vigilância Sanitária para o Transporte de Sangue e Componentes. Vale citar que as normas e regulamentos acerca desse assunto tem como base a RDC 20/2014, criada para regular as atividades de transporte de material biológico sob a visão da vigilância sanitária, Portaria Conjunta Ministério da Saúde (MS)/Anvisa 370/2014, que dispõe sobre a locomoção de sangue e componentes para fins terapêuticos e demais regras em veículos. Neste conteúdo, você verá a importância de essas e outras medidas essenciais, visando garantir a qualidade e segurança do que é coletado. Continue a leitura e confira!

7 dicas para o transporte de amostras de sangue

Realizar corretamente o transporte de amostras de sangue é uma prática essencial que deve ser seguida por laboratórios, demais empresas e instituições que lidam com este tipo de material sensível. Veja como efetuar essa etapa da melhor maneira, garantindo a integridade do biológico e reduzindo riscos de exposição a microrganismos infecciosos.

1 Controle e monitoramento da temperatura

Certamente, controlar e monitorar a temperatura das amostras de sangue é um dos passos indispensáveis para a certificação de qualidade e segurança do material.  Ao ser coletado, a sensação térmica gira em torno de 36,5°C, e 37°C, porém, para a manutenção das propriedades biológicas são necessárias técnicas de resfriamento.  Sendo assim, é preciso que haja máximo rigor em toda a cadeia do frio, pois, do contrário, é possível que ao ser transportado ou armazenado em condições não ideais, ocorra a perda de atributos terapêuticos.

2 Atenção ao manuseio das doses

Como esse é um procedimento que envolve riscos, é importante que o trato de material biológico seja feito por profissionais devidamente preparados, fazendo uso de EPIs, além de equipamentos de proteção coletiva. Para maiores orientações, às autoridades sanitárias competentes (vigilância sanitária e vigilância epidemiológica) podem ser acionadas. Elas orientarão sobre o cumprimento dos requisitos e boas práticas laboratoriais com materiais biológicos com características sensíveis. 

3 Classificação de riscos

Conforme recomendação da OMS, é necessário que seja feita a classificação de risco das amostras de sangue a serem transportadas. Isso se direciona aos governos e organizações internacionais no que tange à regulação do transporte de mercadorias perigosas. A ideia é fornecer regras básicas que podem ser utilizadas nos regulamentos nacionais e internacionais para os diversos meios de transporte. Por exemplo, o sangue faz parte dos produtos de Classe 6, Divisão 6.2, que abarca substâncias infecciosas. Dentro dessa classificação, estão divididas as categorias A e B. Entretanto, há ainda os produtos biológicos humanos que não se enquadram na classificação de risco por não possuírem agentes infecciosos ou serem submetidos a processos de esterilização/neutralização.

4 Clareza nas etiquetas dos materiais

Para maior clareza, o manual da Vigilância Sanitária aponta todas as informações e especificações que devem estar contidas nas etiquetas dos materiais. Ademais, o manual indica aos transportadores solicitarem aos órgãos reguladores (ANTT, Anac, Antaq) as especificações detalhadas para o acondicionamento correto no transporte de amostras de sangue.

5 Cumprimento de normas técnicas e resoluções de órgãos competentes 

As orientações em torno do transporte de sangue e componentes seguem as premissas da regulamentação vigente na RDC 20/2014. Não obstante, essas diretrizes partem das recomendações do Comitê de Especialistas das Nações Unidas para o Transporte de Materiais Perigosos. O fundamental é que você saiba que as orientações seguem uma lista de normas técnicas e resoluções de órgãos competentes que não devem ser negligenciadas, tais como a Lei 9.503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro) e a Resolução 420/2004. 

6 Documentação necessária

Um tópico útil a ser mencionado se refere à documentação necessária. De acordo com a Anvisa, “o expedidor e/ou transportador de material infeccioso da categoria A deve preencher documentos e formulários específicos relacionados aos artigos/produtos perigosos que serão exigidos para embarque/despacho deste tipo de material.” As orientações sobre a documentação se dividem para o transporte terrestre e aéreo, cabendo a cada laboratório analisar onde se enquadra.

7 Outras informações a serem consideradas

É válido também estar ciente no que diz respeito a algumas exigências adicionais, que podem ser necessárias. Segundo as orientações, embalagens internas contendo substâncias infecciosas não devem ficar com outras que contenham produtos de tipos não relacionados com tais materiais biológicos.  Além disso, volumes completos podem ser sobreembalados, segundo as disposições técnicas legais. 

E então?

Como vimos neste conteúdo, o transporte de amostras de sangue requer atenção para que seja feito de forma segura e eficiente, assim como ocorre na etapa de armazenamento. Ao longo da leitura, você pode acessar as principais medidas que devem ser tomadas para garantir o sucesso dessa operação. Portanto, não deixe de seguir tais passos! Aproveite para baixar gratuitamente o nosso e-book “Guia completo sobre refrigeração em laboratórios clínicos”! E-book guia completo sobre refrigeração em laboratórios clínicos

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