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Clínica no shopping ganha preferência dos pacientes

24 de outubro de 2022
Clínica no shopping ganha preferência dos pacientes

Para oferecer mais conveniência aos pacientes, muitos profissionais e empresas da saúde têm optado pelos grandes empreendimentos comerciais. Ter uma clínica no shopping center, assim como um laboratório ou um centro médico, já é uma realidade no país todo. E não é apenas sobre ter uma sala clínica ou consultório particular. O que se encontra são grandes centros médicos, que são vistos como mini hospitais. A ideia tem apresentado ótimos resultados, gerando sucesso para essas empresas. A leitura abaixo terá os seguintes temas:

  • Uma ideia antiga com um novo impulso 
  • Vale a pena investir em clínica no shopping?
  • As franquias em shoppings na saúde
  • Os desafios de ter uma clínica no shopping

Uma ideia antiga com um novo impulso

Para quem só notou essa ideia agora, saiba que ter uma clínica no shopping é um investimento bem mais antigo do que se pensa. No entanto, o sucesso que as franquias em shoppings possuem só foi notado mais recentemente. 

Para sermos mais exatos, podemos usar a história da Multiplan, que foi uma das administradoras que deu os primeiros passos. Há quase 30 anos, ela lançou um centro médico no Barra Shopping, no Rio de Janeiro. O conceito abriu campo para que outras incorporadoras pudessem seguir o mesmo caminho. Hoje, é muito comum encontrar esses estabelecimentos da saúde em shoppings centers. Um ponto interessante de se notar neste empreendedorismo é que de uns anos para cá a ideia ganhou impulso. O motivo é a transformação desses grandes estabelecimentos comerciais, que se tornaram um tipo de hub social e de conveniência. É fácil entender o sucesso: cada vez mais, os consumidores, que também são pacientes, podem resolver os seus problemas dentro de um mesmo ambiente. Ao passo que os serviços médico-hospitalares se tornaram uma opção viável e lucrativa para os profissionais da saúde que estão localizados no shopping.

Aproveitando os espaços vazios

Ao mesmo tempo, nessa conta do sucesso, vale a pena lembrar que os shoppings centers tinham um problema de vacância, que foi maior na crise da pandemia. Com isso, eles conciliaram a falta de lojistas e espaços vazios com o setor da saúde. Rapaz usando máscara parado no meio de um local movimentado e olhando para o celular O Hospital Cema é mais um exemplo. Atualmente, das 10 unidades que possui, 9 estão nesses lugares públicos. O objetivo dele foi o de ter opções em todo canto da capital paulista, inclusive, nas intermediações de metrôs. O Dr. Consulta, que é uma franquia da área da saúde, também investe na ideia: das 47 clínicas, 10 estão em shoppings. E o Hospital Albert Einstein tem um centro de diagnósticos no Shopping Cidade Jardim e outro no Parque da Cidade. Além desses exemplos, saiba que agora os novos shoppings estão sendo projetados para atender essa área específica de clínicas e laboratórios. É o caso do empreendimento que fica na Chácara Santo Antônio, na Zona Sul de São Paulo.

Vale a pena investir em clínica no shopping?

Conforme uma publicação do Jornal do Comércio, uma clínica ou laboratório de shopping consegue atrair em média 3 mil pessoas por dia. O que inclui os exames médicos, alimentação na praça pública, compras rotineiras e outros serviços na mesma visita ao shopping. A Ancar Ivanhoe, que tem vários empreendimentos no país, diz que as suas operações de saúde representam 7% de todo o portfólio. Na conta entram as clínicas, os laboratórios e as farmácias. A diretoria fala que essa é uma nova fase da indústria, com mix de lojas. Outra informação, mais atual, é do início do ano, quando o Instituto de Neurologia de Curitiba (Hospital INC) inaugurou uma filial no Shopping Jockey Plaza, em Curitiba (PR). O investimento foi de R$ 600 mil. E essa é a segunda filial do INC dentro de um shopping. Como a primeira ideia deu certo, os investidores decidiram fazer o mesmo, só que em outro shopping. O motivo, dizem, é que os pacientes conseguem agregar valor ao visitar esse tipo de centro médico. Além da segurança e facilidade em estar em um lugar onde se pode resolver várias coisas.  E há ainda uma vantagem direta para os clientes: a chance de acessar várias especialidades médicas, como neurologia, neurocirurgia, cardiologia, ortopedia e otorrinolaringologia, entre outras. A nova unidade do INC tem 5 consultórios, recepção e uma estrutura moderna. O horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira das 8 horas até as 20 horas e aos sábados é das 8 horas até o meio-dia, o que permite o agendamento de vários pacientes no mesmo dia.

As franquias em shoppings na saúde

Além dos exemplos de hospitais e clínicas que abriram novas unidades em shoppings centers, atualmente existem as franquias. São modelos de negócios no qual se usa uma marca ou patente associado à distribuição de produtos e serviços. Duas pessoas utilizando máscara se aproximam da recepção de um hospital Na prática, é uma opção onde o empreendedor tem uma licença de utilização da marca de terceiros. Conforme o Portal do Franchising, nos últimos anos, o setor de saúde (junto com beleza e bem-estar) ficou em segundo lugar como segmento de franquias com maior faturamento em shoppings. Atrás apenas da alimentação. A partir da mesma fonte, as franquias de saúde que mais receberam investimentos foram OdontoCompany, Acesso Saúde, Magrass, Padrão Enfermagem, Odontoclinic, Partmed, Acvida, Mednet, IRO Radiologia, Doutor Hérnia, Emagrecentro e Essencial Care.

As farmácias em shoppings

Com base em várias fontes pesquisadas e citadas no decorrer do artigo, as drogarias ainda representam a maior parte das operações da saúde em shoppings. Mas, os especialistas concordam que as clínicas médicas e laboratórios estão ganhando força. Evandro Ferrer é CEO da Ancar Ivanhoe e menciona isso da seguinte forma: “O segredo está em colocar as necessidades e os desejos dos consumidores no centro da estratégia e transformar o shopping em um facilitador da vida do cliente”.

Os desafios de ter uma clínica no shopping

A adaptação do setor da saúde dentro de um shopping merece atenção. Até porque a cada dia uma nova área se permite estar dentro desses locais, além de clínicas e laboratórios, como é o caso de prontos-socorros, emergências, centros cirúrgicos, UTI, etc. Por isso, o maior desafio é criar uma estratégia que atenda aos pacientes da melhor forma, sem deixar de lado a legislação. O ideal é criar simulações que envolvem a atividade principal da clínica e a área de apoio administrativa, também. Nesse plano precisam estar os reforços estruturais, como de lajes, o uso de equipamentos apropriados, as questões hidrossanitárias até a administração da unidade, como a contratação de pessoas especializadas no atendimento e a emissão de guias. Sobre o uso dos equipamentos de conservação de remédios, vacinas e outros produtos, nós recomendamos a leitura de um infográfico: Banner para baixar e-book O potencial de negócios é incrível, mas a estratégia tem que estar embasada na lei.

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