Saiba mais sobre a RDC 302 e sua importância para os laboratórios de análises clínicas!
A RDC 302 é mais uma das normas voltadas aos serviços de saúde, sendo esta direcionada especificamente aos laboratórios clínicos. Seu cumprimento traz diversas vantagens aos laboratórios, desde a adequação dos serviços até o aumento da credibilidade no mercado. Por isso, reunimos neste conteúdo as principais informações da RDC 302 para ajudar você a entender sobre o que a norma trata e quais são os seus requisitos. Você também verá a importância de adequar o seu laboratório a esta legislação. Confira!
Conheça a RDC 302 e a importância de cumprir seus requisitos
A RDC 302 é uma norma publicada pela Anvisa, que dispõe sobre o regulamento técnico para funcionamento de laboratórios clínicos. A norma tem como objetivo definir os requisitos necessários para o funcionamento dos laboratórios clínicos e postos de coleta laboratorial públicos ou privados que realizam atividades na área de análises clínicas, patologia clínica e citologia. Desta forma, a RDC 302 estabelece um padrão de qualidade para os serviços laboratoriais, garantindo a biossegurança e evitando erros e riscos em seus laudos. A norma abrange diversas instruções para a realização dos procedimentos laboratoriais, desde as etapas de coleta, armazenamento e esterilização, até questões de infraestrutura e recursos humanos. Portanto, é fundamental que gestores de laboratórios estejam cientes dos requisitos e busquem adequar as atividades do seu negócio conforme a norma. Isso porque, o não cumprimento da RDC 302 pode gerar multas, suspensões e prejuízos financeiros, além dos riscos de contaminação e falta de confiabilidade nos laudos.O cumprimento da RDC 302 também é importante para adequar o laboratório ao nível de exigência do mercado, aumentando a qualidade do serviço e conquistando mais confiança dos pacientes.Condições gerais que devem ser garantidas
Os requisitos relacionados às condições gerais do laboratório envolvem a organização, recursos humanos, infraestrutura, equipamentos utilizados, produtos para diagnóstico de uso in vitro, descarte de resíduos e rejeitos, biossegurança, limpeza, desinfecção e esterilização. Entre os principais pontos abordados estão que o laboratório deve:- Possuir alvará atualizado, expedido pelo órgão sanitário competente; - Estar inscritos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES, tanto laboratório quanto posto de coleta laboratorial público e privado; - Manter disponíveis seus registros de formação e qualificação dos profissionais, conforme as funções desempenhadas; - Atender aos requisitos apresentados na RDC 50, também publicada pela Anvisa, sobre a infraestrutura; - Implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), atendendo aos requisitos da RDC 306; - Possuir instruções de limpeza, desinfecção e esterilização das superfícies, instalações, equipamentos, artigos e materiais utilizados no laboratório. Destacamos ainda os requisitos que envolvem os equipamentos e o controle de temperatura. A norma determina que o laboratório verifique e calibre os instrumentos regularmente, mantendo os registros, além de verificar a calibração de equipamentos de medição. Além disso, os equipamentos e instrumentos utilizados devem estar regularizados junto a Anvisa, e os equipamentos que necessitam de temperatura controlada para o funcionamento devem possuir registro da verificação da mesma.Processos operacionais conforme cada fase
Os requisitos da RDC 302 em relação aos processos operacionais do laboratório são divididos entre as fases pré-analítica, analítica e pós-analítica.Fase pré-analítica
A primeira fase envolve as etapas de atendimento ao paciente, coleta e transporte do material quando necessário. Nesta fase, a norma estabelece que o laboratório deve fornecer orientação eficaz aos pacientes.Quanto ao atendimento, é preciso que ocorra o registro para possibilitar consultas posteriores. A identificação das amostras também é abordada nesta fase, definindo que elas devem ser armazenadas corretamente, considerando a necessidade de isolamento térmico ou refrigeração.Fase analítica
Já na fase analítica, as orientações estão ligadas à análise das amostras, incluindo a documentação sobre os procedimentos realizados no laboratório e instruções aos funcionários. Um ponto de atenção é a estrutura do laboratório, que deve ser preparada para atender a pedidos de exames de urgência.Fase pós-analítica
A última fase é referente ao laudo emitido após a análise clínica, que deve conter as informações de forma legível, além de ser assinado pelo responsável técnico do laboratório. A norma também define que quando for aceita uma amostra de paciente com restrição, esta condição deve constar no laudo.Gestão da qualidade
Por fim, a RDC 302 aborda algumas questões relacionadas à gestão da qualidade nos laboratórios de análises clínicas. No artigo 8.1, referente à garantia da qualidade, a norma estabelece que:“O laboratório clínico deve assegurar a confiabilidade dos serviços laboratoriais prestados, por meio de, no mínimo:- a) controle interno da qualidade;
- b) controle externo da qualidade (ensaios de proficiência).”