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Entenda o armazenamento e o transporte dos medicamentos de alto custo

26 de abril de 2023
Entenda o armazenamento e o transporte dos medicamentos de alto custo

Um medicamento de alto custo é aquele que tem valor elevado, seja no unitário ou pela regularidade do tratamento, o que faz com que o custo se torne inacessível para os pacientes. Para solucionar a problemática, o Ministério da Saúde, com os estados e as prefeituras, oferece políticas de alcance a esses remédios. Ou seja, os remédios de alto custo são distribuídos de graça através do SUS (Sistema Único de Saúde) via Unidades Básicas de Saúde (UBS), Hospitais Especializados ou até mesmo as Farmácias de Alto Custo. Alguns deles exigem cuidados no armazenamento e no transporte, já que devem estar em ambientes de temperatura controlada

Quem tem direito a medicamentos de alto custo

No Brasil, os programas de medicamentos de alto custo ditam as regras sobre o que são esses produtos, afinal, não há um único critério ou lei que diz respeito a ele.  Recentemente, vários casos que chegaram aos tribunais federais começaram a dar entendimentos sobre quem tem direito a esses medicamentos. Por exemplo, em uma decisão da 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que entendeu que: “O fornecimento de medicamento de alto custo à portadora de doença grave que não possui condições financeiras para comprá-lo é dever do Estado, mesmo quando este não consta na lista de remédios fornecidos pelo SUS”. O tema também se pautou nos convênios médicos particulares. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem as próprias regras sobre a cobertura das medicações de planos de saúde. Ao passo que é comum elas negarem o custeio alegando motivos como a falta de previsão no rol da ANS ou o uso experimental do tratamento. Ainda que seja possível entrar com ações na justiça, o que geralmente as famílias fazem é buscar ajuda no SUS, através dos programas de medicamentos de alto custo. Abaixo entenda essa relação entre o SUS e os remédios de alto custo.

Quais são os medicamentos de alto custo

As unidades de saúde do SUS oferecem mais de 560 tipos de remédios gratuitos, que se dividem em categorias: básico (doenças como diabetes e hipertensão), estratégico (doenças como AIDS e tuberculose) e especializado (os medicamentos de alto custo). Na lista dos remédios de alto custo do SUS, a gente contabiliza 147 rótulos. Assim, são medicamentos para o tratamento de doenças que se relacionam com os problemas pulmonares, cardíacos e outros que são crônicos. Por exemplo, os remédios para Alzheimer, epilepsia, esquizofrenia e outras doenças que exigem o consumo de uso crônico, como insuficiência renal crônica, hepatite viral, imunossupressão em transplantados renais e outras. Ficou curioso? Veja alguns exemplos:
  • Acetato de Glatiramer (esclerose múltipla)
  • Amantadina (doença de Parkinson)
  • Budesonida (asma grave)
  • Ciprofloxacina (doença de Crohn)
  • Donepezil (Alzheimer)
  • Enzimas pancreáticas (fibrose cística)
  • Fluvastatina (dislipidemias)
  • Gabapentina (epilepsia refratária)
  • Olanzapina (esquizofrenia)
Para saber a lista completa dos medicamentos de alto custo oferecidos pelo SUS, considere que eles são chamados de excepcionais. Então, procure a informação no Programa de Medicamentos Excepcionais do seu estado. Para conseguir um medicamento dessa lista, é preciso ter o Cartão Nacional de Saúde, além do formulário de solicitação preenchido pelo médico responsável e apresentar os documentos pessoais em unidades de saúde ou através dos programas. No caso de remédios que passam dos milhares de reais, é muito comum que o paciente passe por consultas de médicos do SUS. E quando eles são de uso contínuo, exigindo um tempo maior de consumo, criam-se os Protocolos Clínicos para acompanhamento do paciente.

Como deve ser feito o armazenamento dos medicamentos de alto custo

Um medicamento de alto custo precisa ter a temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC para manter a sua estabilidade e qualidade. O cuidado é importante no armazenamento e no transporte dele, exigindo o uso de equipamentos de refrigeração adequados. Caso contrário, ele pode ter mudanças químicas em sua fórmula, diminuindo o teor das substâncias ativas e comprometendo totalmente o efeito terapêutico. Logo, o resultado traz riscos diretos e graves aos pacientes que recebem o tratamento, independente da patologia. Os riscos dessa falta de cuidado também se relacionam com os efeitos colaterais dos remédios, que são comuns de acontecerem quando há a decomposição na forma farmacêutica dos produtos que não possuem a conservação na temperatura controlada adequada.   Recentemente, um vídeo foi divulgado no Facebook e conta a história do pequeno Marcelo, que precisava muito da ajuda da comunidade para conseguir um equipamento de conservação do medicamento que ele vai precisar tomar por muito tempo. “Uma vitória para o tratamento do Marcelo porque a gente está desde o nascimento dele correndo atrás de muita coisa. Com a chegada do medicamento, vamos conseguir dar uma vida melhor para ele”, disse o pai, Rodrigo. “Lançamos a campanha com a comunidade e tivemos apoio do rádio. Ficamos muito feliz com o recebimento do equipamento da Elber”. “É um equipamento próprio para o que eles precisam, que mantém a temperatura de 2º C a 8º C, com uma tecnologia embarcada para garantir essa faixa de temperatura. Além de poder configurar para fazer o acompanhamento pelo celular, mesmo fora de casa”, explicou o representante da Elber. O equipamento de conservação de medicamentos de alto custo conta ainda com um sistema de emergência, a bateria acoplada. Assim, na falta de energia na rede elétrica, o equipamento continua funcionando em até 48 horas sem interrupção.

Como deve ser feito o transporte dos medicamentos de alto custo

O transporte dos medicamentos de alto custo precisa acontecer mantendo as condições de conservação dos produtos pelo mesmo motivo que vimos acima – não perder a eficácia e não gerar efeitos colaterais nos pacientes que fazem o tratamento. Desse modo, também há a necessidade do uso dos equipamentos de transporte de medicamentos fabricados para essa finalidade. Eles permitem manter a temperatura interna homogênea e controlada durante todo o trajeto, garantindo a qualidade dos remédios. O mais comum de acontecer é que o medicamento de alto custo fornecido pelo SUS saia dos laboratórios ou do Ministério da Saúde e vão para os almoxarifados estaduais. Depois, para os Centros de Custos Regionais e posteriormente aos pacientes. Ao passo que o cuidado com a conservação deles se torna um entrave para os responsáveis pelo transporte. Na verdade, até algum tempo atrás o mais comum era usar caixas térmicas com gelo artificial. Porém, hoje há tecnologias que permitem o uso de geladeiras portáteis.

Catálogo da Linha Portátil da Elber Medical

A maior vantagem está no fato de que esse tipo de equipamento permite o controle da temperatura e o monitoramento dela em tempo real, sem a necessidade de fazer registros manuais; garantindo a qualidade dos medicamentos em todo o trajeto. Apesar das Boas Práticas de Transporte de Medicamentos, as falhas humanas podem acontecer no trabalho manual, fazendo com que um sistema de controle e registro transparente e eficaz permite se prevenir desse risco. O equipamento portátil para remédio de alto custo garante a segurança e confiabilidade dos medicamentos de alto custo nos deslocamentos. Ele também tem a bateria de autonomia, que funciona de 6 horas a 8 horas.

A importância do correto armazenamento e transporte dos medicamentos de alto custo

O elevado custo desse tipo de medicamento torna necessário todo cuidado com sua conservação. Isso porque previne o desperdício dos recursos públicos e assegura o tratamento adequado aos pacientes, com a garantia da qualidade das substâncias. A Elber Medical é uma fabricante de câmaras de conservação e transporte de medicamentos que precisam de temperatura controlada, como os de alto custo. Se você tem alguma dúvida sobre os equipamentos usados para manter a eficácia desses remédios, fale com a gente. Confira também: Temperatura vacina

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