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Veja 7 erros mais comuns no armazenamento de medicamentos termolábeis

6 de março de 2023
Veja 7 erros mais comuns no armazenamento de medicamentos termolábeis

Uma única falha e o produto é perdido. O desastre desse erro começa com o prejuízo financeiro para a sua empresa e vai até as complicações que podem surgir com a lei. Por isso, não há recomendação melhor que prevenir os erros no armazenamento de medicamentos termolábeis.

Nos próximos tópicos, será possível verificar quais são as falhas mais comuns de acontecerem na sua clínica de vacinação ou no seu laboratório com relação ao armazenamento dos produtos sensíveis à mudança de temperatura. Se você é farmacêutico, também não deveria deixar de ler essa matéria na íntegra.

Para ter uma ideia da dimensão e importância do assunto, considere os dados:

  • Aproximadamente 50% das vacinas atingem seus destinos deterioradas,
  • Nos EUA, US$ 2 bilhões em medicamentos são desperdiçados por ano,
  • No Brasil, R$ 16 milhões em remédios de alto custo são jogados fora.

Os dados foram compilados de estudos da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da CGU (Controladoria Geral da União). A boa notícia é que dá para evitar tudo isso e mudar a realidade na sua empresa evitando os principais erros.

1 - Os locais de armazenamento

A escolha do local de armazenamento dos seus produtos termolábeis precisa ser muito bem planejado. A regra vale para toda situação que se relaciona com os insumos de saúde, inclusive, porque responde a uma das normas da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária).

Além do mais, o lugar precisa ser higienizado, iluminado e ventilado de forma adequada. Só que o ponto que mais levanta dúvidas nas pessoas é: o cuidado com a temperatura, que é o que mais gera o problema da perda dos insumos, entre medicamentos, vacinas e outros.

A solução para isso é uma só: leia, estude e entenda tudo sobre as boas práticas da RDC 304. Ela traz requisitos para o armazenamento sobre cada tipo de produto e as formas com que eles podem ser guardados de modo seguro e preservando suas integridades.

2 - O controle da temperatura

Sim, já mencionamos isso no tópico anterior, só que o assunto merece um pouco mais da sua atenção. Quase nenhum medicamento deve ser exposto a altas temperaturas – até mesmo os que não dependem de um sistema refrigerado.

Já para os que precisam dessa refrigeração controlada, há um cuidado extra, que vai além das altas temperaturas: eles não podem sofrer com a variação delas. É o caso das vacinas e de outros medicamentos termolábeis. E há um ótimo exemplo.

Entre as melhores práticas para monitorar as temperaturas dos medicamentos, temos: o entendimento sobre a variação da temperatura, o tempo de resposta dos sensores, a manutenção dos equipamentos, os tipos de equipamentos, entre outros.

3 - Os equipamentos corretos

O uso de equipamentos corretos para fazer o armazenamento de termolábeis é outra forma de evitar os prejuízos. Hoje, o que o mercado nos apresenta são as câmaras de conservação apropriadas para isso – que são diferentes das geladeiras comuns, por exemplo.

O motivo, entre tantos, é que elas permitem o melhor e mais eficiente controle da temperatura, inclusive, com a homogeneidade dela. Outro detalhe é que elas são submetidas à qualificação térmica antes do uso e durante o uso, garantindo o bom desempenho.

Nessa hora, dá para pensar em outro erro no armazenamento que custa muito caro para as empresas: o plano de contingência. Ele é um procedimento que deve existir para manter a temperatura dos produtos mesmo em casos de falta de energia, por exemplo.

4 - A gestão de suprimentos

Aqui temos uma dica importantíssima, que passa pelas boas práticas de gestão do estoque ou da organização dos produtos. O mais indicado é que se tenha um processo que permita que o armazenamento de insumos seja controlado de forma atualizada.

Como assim? As estratégias de Suplly Chain podem ajudar nisso porque permitem, por exemplo, organizar os medicamentos por ordem de prazo de validade, entre outras situações. Até mesmo porque a cadeia de suprimentos pode representar até 40% das finanças da empresa.

Um fato curioso, mas fundamental, é saber que no Brasil ainda existe o problema da falta de sinalização com base nos tipos de medicamentos. Outro tem a ver com a conferência periódica dos produtos. Ambas as situações passam pela falha na gestão.

5 - O transporte dos medicamentos

Essa parte também se relaciona com o armazenamento de medicamentos termolábeis e, aliás, é uma das fases que mais precisam de atenção. Como muitos insumos dependem da refrigeração controlada, é nessa hora que há a quebra da cadeia do frio.

Para prevenir os erros, o acondicionamento adequado é o primeiro passo; mas sem se esquecer de outros pontos, tais quais o tempo de percurso. O uso de uma câmara de transporte com controle de temperatura é uma solução eficiente.

Uma dúvida comum tem a ver com a responsabilidade do monitoramento térmico dos medicamentos termolábeis. Até o destino, os responsáveis pelas vendas são os que ficam com esse papel, assegurando embalagens e outros requisitos. Mas, quem recebe o produto tem a sua função, também: verificar os dados, as temperaturas e as condições.

6 - O treinamento da equipe

Todas as empresas envolvidas nesse processo – de armazenamento e transporte de termolábeis – devem ter equipes treinadas para executarem suas tarefas; o que está inserido na RDC 430, da Anvisa.

Ela diz, no tópico de “Organização e Administração”, que é preciso ter a descrição de cada cargo e responsabilidade dos envolvidos. Além disso, menciona que devem haver treinamentos iniciais e periódicos conforme a atividade, incluindo os métodos dos sistemas.

Um ótimo exemplo tem a ver com a organização das gavetas e prateleiras de uma câmara de conservação, inclusive, dependendo dos opcionais delas. Depois, vem a questão da limpeza e higiene delas, uma etapa que precisa de atenção a partir do manual do fabricante, também.

7 – O uso da tecnologia

Por fim, mas não menos importante, um erro de muitos gestores é o de não levar em conta o custo-benefício do seu equipamento de conservação de medicamentos. Assim, é legal considerar que os opcionais de segurança contam muito para uma compra assertiva. Veja.

O seu equipamento tem alarme para os casos de falta de energia elétrica? Como foi mencionado acima, isso é fundamental porque imprevistos podem acontecer e quando acontecem custam muito para o seu negócio. Então, nada melhor do que estar preparado.

Outro diferencial é o monitoramento remoto, que nada mais é do que uma solução que torna possível acompanhar online todo o funcionamento do equipamento. É um ponto atrativo quando se trata de termolábeis, que precisam de observação constante da temperatura.

 

Bônus – Conheça as normas do seu setor

Há uma dica final, bônus, que é sobre estar sempre atento às todas as normas que vigoram no seu setor de atuação. Além de cumprir os requisitos da lei, as recomendações auxiliam na prevenção de falhas no armazenamento dos produtos.

Vale a pena considerar as certificações também. Assim, há garantias sobre os padrões de qualidade e segurança, o que torna sua clínica ou laboratório menos propensos a falhas e perdas.

O armazenamento de insumos, entre vacinas e medicamentos, é uma fase da cadeia logística da área da saúde que precisa de muita atenção e cuidado. Por isso, deve-se considerar as medidas e estratégias mais adequadas para evitar cada um dos possíveis erros.

Confira também: Lista de medicamentos para abrir uma farmácia

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