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Lista de medicamentos para abrir uma farmácia

6 de setembro de 2022
Lista de medicamentos para abrir uma farmácia

Montar uma farmácia exige planejamento cuidadoso, especialmente na seleção e controle de medicamentos. Alguns produtos têm alta rotatividade, enquanto outros são menos procurados, impactando diretamente nas finanças do estabelecimento. 

Desde o início do projeto até a inauguração da loja, a compra inicial de medicamentos é uma etapa crucial. Se você está nesse estágio da operação, a leitura a seguir será essencial para você conferir a lista de medicamentos para abrir uma farmácia.

Continue lendo! 

Qual é o novo conceito de uma farmácia

A farmácia deixou de ser apenas um local onde se vendem remédios. Atualmente, ela é um estabelecimento comercial que promove a saúde através da venda de medicamentos e outros produtos, como itens de higiene, bem-estar, cosméticos e muito mais. 

Esse novo conceito é muito mais interessante do ponto de vista comercial. Com a presença de um farmacêutico, é possível até mesmo oferecer serviços de vacinação.

Apesar das mudanças, a venda de remédios continua sendo o carro-chefe das farmácias. No entanto, simplesmente abrir uma farmácia e começar a vender produtos não garante sucesso. O primeiro passo crucial é estar preparado para atender às demandas dos clientes que visitam a farmácia e uma coisa que ajuda muito é montar lista de medicamentos para abrir uma farmácia. 

O que não pode faltar em uma farmácia

É essencial ter um estoque mínimo de medicamentos básicos para garantir um atendimento de qualidade ao cliente. Imagine um cliente chegar à sua farmácia e não encontrar aqueles remédios que todos conhecem e usam. 

Seria como ir a uma padaria e não encontrar pão. Portanto, é crucial ter produtos que auxiliem no início de tratamentos farmacêuticos eficientes, principalmente para combater sintomas como dores e infecções.

Nos próximos tópicos, apresentaremos uma lista detalhada dos medicamentos essenciais para uma farmácia. Além disso, você também pode se interessar por temas como biossegurança em farmácias e o gerenciamento de medicamentos.

Qual é o remédio mais vendido?

Pesquisas e estudos de mercado realizados por empresas respeitadas, como a Close-up Internacional, auditam o varejo farmacêutico no Brasil. Em 2021, a Close-up Internacional divulgou uma lista com os 50 medicamentos mais vendidos. 

A seguir, apresentamos o ranking dos 10 mais vendidos, com base no total de unidades comercializadas em milhões:

Glifage XR – 84,5 milhões

Neosoro – 76,0 milhões

Losartana – 50,9 milhões

Cimegripe – 46,5 milhões

Maxalgina – 36,8 milhões

Ivermectina VMC – 33,9 milhões

Sildenafila N.Q. – 31,0 milhões

Puran T4 – 30,2 milhões

Dipirona N.Q. – 30,1 milhões

Torsilax – 29,3 milhões

Além desses, outros medicamentos comuns nos lares brasileiros incluem Dorflex, Loratamed, Metformina, Cimelide, Buscopan, Vick-Vaporub e Ibupril.

Como fazer uma lista de medicamentos para abrir uma farmácia

O objetivo deste tópico não é promover qualquer fabricante específico, mas sim ajudar você, como farmacêutico responsável, a identificar os produtos mais comuns e necessários para atender seus clientes. Abaixo, apresentamos uma lista de medicamentos básicos que não podem faltar em sua farmácia. 

Medicamentos essenciais:

Dipirona

Um dos analgésicos e antitérmicos mais conhecidos, usado para tratar dores e febres.

Paracetamol

Amplamente utilizado para aliviar dores de cabeça, musculares, cólicas e osteoartrite. Disponível em comprimidos efervescentes, revestidos e com suspensão oral para crianças e bebês.

Ibuprofeno

Indicado para processos reumáticos e traumas no músculo esquelético, devido às suas propriedades anti-inflamatórias. Também é comum no alívio de dores pós-cirúrgicas.

Cetoprofeno

Versátil, com funções anti-inflamatórias, analgésicas e antitérmicas. Usado para tratar processos reumáticos, lesões e alergias.

Nimesulida

Trata estados flogísticos e febre, como dores nas vias aéreas superiores, cefaleias, mialgias, dores pós-operatórias e reações pós-imunizações.

Prednisona

Utilizada no tratamento de diversas doenças endócrinas, como insuficiência adrenocortical e hiperplasia adrenal, além de condições osteomusculares que respondem bem aos corticosteróides.

Fluconazol

Indicado para criptococose e outras infecções fúngicas, comum em pacientes com HIV ou outras causas de imunossupressão. Útil na prevenção de infecções fúngicas e candidíase sistêmica.

Risperidona

Medicamento para pacientes com exacerbações esquizofrênicas e transtornos psicóticos. Ajuda no tratamento de depressão e ansiedade, aliviando vários sintomas.

Outros medicamentos para ter na farmácia

A lista acima é uma amostra dos medicamentos básicos que você deve considerar ter em estoque. A quantidade e a variedade de produtos dependerão do plano de negócios da sua farmácia. 

Além dos mencionados, outros medicamentos populares entre os brasileiros incluem Cetoconazol, Predsim, Neosoro, Flanax, Dorilax, Anador, Estomazil, Benalet, Apracur, Ranitidina e Metformina.

Lembre-se, esta lista não é uma recomendação de compra ou orientação médica, mas sim uma referência para ajudá-lo a montar um estoque adequado e atender bem seus clientes.

O que o farmacêutico precisa saber

Gerenciar uma farmácia envolve dominar diversas informações e procedimentos essenciais. Neste tópico, vamos abordar um aspecto crucial: a categorização dos medicamentos. 

Abaixo, exploramos os principais tipos de medicamentos comercializados no estabelecimento.

Medicamentos monitorados

Esses medicamentos possuem controle de preço fixado pelo Governo Federal e são regulados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). A farmácia deve operar com o Preço Máximo ao Consumidor (PMC). A lista de medicamentos monitorados inclui produtos que necessitam ou não de receita, variando conforme a tarja.

Medicamentos liberados

Medicamentos liberados não possuem preços controlados pelo Governo e podem ser comercializados com margens de lucro determinadas pela própria farmácia. Esses produtos, tarjados ou não, frequentemente representam a maior fonte de lucro para o empreendimento farmacêutico.

Produtos correlatos

Embora não sejam medicamentos, produtos correlatos são essenciais para complementar o tratamento dos pacientes. Exemplos incluem chupetas, extratores de leite, bicos e protetores de mamilo. Eles diferem dos produtos de conveniência, que veremos a seguir.

Produtos de conveniência

Itens de conveniência agregam valor à farmácia, embora não estejam diretamente relacionados ao tratamento médico. De acordo com a legislação da Anvisa, esses produtos podem incluir alimentos como chocolates, bebidas, água, cereais, sorvetes e brinquedos. A Lei 5.991/73 permite a comercialização desses produtos, e a Instrução Normativa 09/09 especifica os tipos permitidos.

Conhecer essas categorias é fundamental para que o farmacêutico possa gerenciar adequadamente o estoque e garantir que a farmácia atenda às necessidades de seus clientes de forma eficiente e regulamentada.

As classes dos medicamentos

Compreender as classes de medicamentos é essencial para a gestão eficaz de uma farmácia. Abaixo, detalhamos as principais categorias de medicamentos.

Medicamentos de referência

Conhecidos também como medicamentos éticos ou de referência, são os primeiros no mercado para tratar uma determinada condição. Representam fórmulas inovadoras, lançadas quando ainda não há tratamentos específicos disponíveis.

Medicamentos similares

Esses medicamentos possuem uma marca comercial, mas não são considerados de referência. Eles têm fórmulas com pequenas variações, mas devem conter o mesmo princípio ativo que os medicamentos patenteados.

Medicamentos genéricos

Os genéricos não apresentam uma marca comercial, apenas o princípio ativo, conforme a Denominação Comum Brasileira (DCB). Eles reproduzem a fórmula e a forma de administração dos medicamentos de referência, garantindo a mesma eficácia e segurança.

POP (Procedimento Operacional Padrão)

Outro conhecimento crucial para o farmacêutico é sobre os Procedimentos Operacionais Padrão (POP), que garantem a padronização e a qualidade dos processos na farmácia. Para saber mais, clique aqui.

Onde comprar remédios para uma farmácia?

A compra de medicamentos é uma das decisões mais importantes para uma farmácia. Existem diversos distribuidores farmacêuticos, tanto nacionais quanto internacionais. 

Segundo a IQVIA, o Brasil está projetado para ser o 5º maior mercado de vendas de medicamentos no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão e Alemanha.

Os principais fornecedores de medicamentos no Brasil incluem:

  • Aché
  • EMS
  • Eurofarma
  • Sanofi
  • Takeda Pharma
  • Neo Química
  • Novartis
  • Mantecorp
  • Medley
  • LIBBS

Essas empresas são reconhecidas pela qualidade e confiabilidade de seus produtos, sendo escolhas frequentes entre as farmácias brasileiras.

O que fazer para aumentar as vendas de uma farmácia

Ter uma lista bem planejada de medicamentos para abrir uma farmácia ou drogaria é um passo essencial para começar com o pé direito. No entanto, mesmo com um estoque completo que atenda às necessidades dos clientes, há outras estratégias cruciais para aumentar as vendas.

Apenas contar com ótimos produtos não é suficiente se o atendimento for ruim, se não houver metas de vendas bem definidas ou se sua farmácia não oferecer serviços diferenciais. Pensando nisso, temos um conteúdo que aborda exatamente essas questões.

Nele, destacamos 7 estratégias comerciais que realmente funcionam para farmácias e drogarias que desejam impulsionar suas vendas. O melhor de tudo é que essas dicas são simples e podem ser implementadas desde o primeiro dia de abertura do seu estabelecimento.

Aposte em um atendimento de qualidade, estabeleça metas claras, ofereça serviços adicionais e utilize essas estratégias comprovadas para transformar sua farmácia em um sucesso comercial.

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